sábado, 23 de janeiro de 2010

Estamparia Artística


Artista plástica, colorista desenvolve estamparia personalizada para indústria: processo de serigrafia e
estampa manual - peça única

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

PROJETOS PERSONALIZADOS


Shulamith Yaari, atriz de teatro e TV, tem outra atividade ligada as artes. Ela desenha estamparia para tecidos. Recentemente, seus trabalhos foram comprados por uma indústria têxtil japonesa, que vai reproduzi-los
em série no Japão.
Estamparia Manual:





Estudo para realização de estampas






terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Serviços Prestados para Empresas Têxtil

Como desenhista e colorista prestei serviços as seguintes Empresas:
1. Delsen-Gronau ( Curitiba – PR)
2. Tecelagem Brasil ( São Paulo – SP)
3. Aziz Nader ( São Paulo – SP)
4. COPESP ( São Paulo – SP)
5. Malharia Pull-Sport ( São Paulo – SP)
6. Valisère ( São Paulo – SP)
7. SUDANTEX ( São Paulo – SP)
8. Tecelagem Werner ( Petropoplis – RJ)
9. Malharia LUANA ( São Paulo – SP)
10. PY Bikinis ( Rio de Janeiro – RJ)
11. Malharia Avalon ( Rio de Janeiro – RJ)
12. Cedro e Cachoeira ( Belo Horizonte – MG)
13. ALFHA CUBIC INTERNATIONAL ( Japão)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Artes Plásticas

GÊNESE

Shulamith Yaari

Desde cedo Shulamith Yaari exercitou a sua sensibilidade em direção a SOM / MOVIMENTO / COR, canalizando-a na sua profissão de atriz de teatro, cinema e televisão. E foi justamente que, um dia, há 15 anos, com três hidrográficas de cores diferentes, utilizadas para “marcar” textos de televisão que, sem saber bem o que fazia, começou a esboçar flores, bichos e bonecas. Logo lançou mão de pincéis e guaches. E os esboços transformaram-se em desenhos para tecidos. Desde então, paralelamente à sua atividade de atriz, vem alcançando sucesso como designer de estamparia junto a diversas tecelagens e confecções por todo o Brasil, além da Alemanha e Japão (ALFA CUBIC INTERNATIONAL – JAPAN).
Há dois anos, aproximadamente, estimulada por seu amigo, artista plástico Sérgio Martinolli, entregou-se à intuição das cores e ao impulso do prazer da pintura. Daquela é que “se tem vontade de fazer”, sem preocupações com tendências e consumo. Passou a freqüentar o Atelier de Maria Teresa Vieira e descobriu a “alma do papel molhado”. Típica filha de Aquário, signo do ar, e regida pelas energias da água, é natural que esses elementos se manifestassem em seu trabalho. E lhe pareceu que estava a criação do Mundo. Daí: GÊNESE, sua primeira exposição.
Meu pai, uma vez construiu um lago, nos fundos da casa em que morávamos, na Ilha do Governador. Era tão simplesmente um buraco forrado de cimento, onde nadavam muitos peixes, ocultos pela vegetação característica. Certa manhã, eu devia Ter uns oito anos, por aí, fui brincar no quintal, desvendando os segredos daquele laguinho perdido num subúrbio carioca, mas nem por isso desprovido da magia que tem a água, oculta pelas plantas, invadida de raízes. Agitei a superfície, as ondas abriram uma clareira, afastando as plantas e então, como nem passe de mágica, uma libélula emergiu das profundezas, pairou sobre o espelho trêmulo do lago e voou. Nunca esqueci esse momento, as asas rompendo a superfície clara, o encantamento, a delicadeza e o vigor daquele encontro.
Lembrei dessa história ao ver o trabalho que Shulamith Yaari apresenta em sua primeira exposição. Venço o constrangimento de, como leigo, apresentar um trabalho de uma área tão diferente da minha, já que Shulamith me inspirou com a sua Gênese. Um universo de transparências, cores e movimento que se transformam em hipocampos, montanhas, num incendiado mar de sargaços. Uma celebração de vida. Para um leigo, vale a máxima: “Gostei de ver, queria ter um deles na minha parede” (e certamente o terei).
O trabalho de Shulamith Yaari nos convida a uma viagem mística e atemporal. É muito bonito. Tão bonito quanto as palavras finais de Gore Vidal, em seu romance Juliano: “...a luz se foi, e agora nada mais resta a não ser esperar por um novo sol, um novo dia, nascido do mistério do tempo e do amor do homem pela luz.” Shulamith, sem dúvida, busca essa luz.

Miguel Falabella, julho 1988